Mostrando postagens com marcador literatura inglesa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador literatura inglesa. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Farmácia Literária: a cura pelo livro

Libreria Acqua Alta em Veneza
 Você já pensou em livros como remédios? Em vez de comprimidos, páginas. Em vez de efeitos colaterais, reflexões. Essa é a proposta do livro Farmácia Literária (2016), escrito por Susan Elderkin e Ella Berthoud, que apresenta uma abordagem muito curiosa e terapêutica: a biblioterapia.

A biblioterapia é a prática de usar a literatura como ferramenta de cura emocional e autoconhecimento. 

Combinando elementos da psicologia com o poder transformador da arte literária, Farmácia Literária se torna um verdadeiro guia de prescrição de livros — uma espécie de manual para a alma em tempos de crise, dúvida, tristeza ou alegria.

Neste livro, cada sintoma vem acompanhado de uma sugestão literária cuidadosamente escolhida. Está com o coração partido? Sofrendo de ansiedade? Sentindo-se perdido ou precisando de inspiração? Há um livro certo para cada estado de espírito! São mais de 400 opções de livros para cada tipo de sentimento.

segunda-feira, 31 de março de 2025

Graham Greene: “O fim da festa" e o terror infantil

O fim da festa, um conto de Graham Greene publicado em 1929, explora o terror infantil e as consequências do medo. A história gira em torno de Francis, um menino atormentado por um medo paralisante da escuridão.

Rene Terp | Pexels 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Byron e o orgulho de guerra

Theodoros Vryzakis (Domínio Público)

O poema Neste dia eu completo meu 36º aniversário foi escrito por Lord Byron em 1824, durante seus últimos dias na Grécia, enquanto lutava pela independência do país. É uma obra profundamente introspectiva, que reflete o estado emocional do escritor inglês  em sua maturidade, marcada por arrependimentos, solidão e uma busca por propósito.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

“The Flea”, de John Donne: a poesia metafísica em destaque

Foto de CDC - Unsplash

Parece que foi ontem a aula de Literatura Inglesa... Hoje, revisito com você um dos grandes expoentes da poesia metafísica: o poeta-pastor quinhentista John Donne (1572-1631). Protestante, nascido em Londres, Donne é conhecido por sua habilidade em transformar conceitos cotidianos em metáforas profundas. 

Um exemplo clássico dessa habilidade está no poema The Flea ou A Pulga, onde um simples inseto se torna o centro de uma reflexão sobre amor, desejo e as convenções sociais.  

sábado, 4 de maio de 2024

Notas sobre "As Portas da Percepção" e "Céu e Inferno" (Aldous Huxley)


As Portas da Percepção" e "Céu e Inferno" são dois ensaios publicados pelo escritor britânico Aldous Huxley na década de 50. Versados com a consciência sob efeito da mescalina, Huxley expõe sua percepção sobre os mais variados temas que envolvem a nossa existência.

sexta-feira, 3 de junho de 2022

O experimento de Mary Shelley

Victor Frankenstein and his creature (Theodore von Holst
,1831)

Em 1818, a escritora britânica Mary Shelley publicou o clássico Frankenstein ou O Prometeu moderno (Modern Prometheus). Shelly comecou a escrever este clássico em 1815, apenas com 18 anos de idade. Frankenstein é um trabalho gótico pela sua descrição de espaço, o tema de terror e mistério e o drama sentimentalizado. Não podemos esquecer, também, do caráter futurista da obra, com a apropriação de elementos científicos dentro de um romance de terror.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

A fúria dos meninos (O senhor das moscas)

Ilustração de Nina Schindlinger

Lord of the flies ou O Senhor das Moscas é uma novela distópica e selvagem, escrita pelo britânico William Golding (1911-1993) e publicada em 1954, às sombras das memórias da Segunda Guerra Mundial, a mesma que o autor serviu em 1941.

O romance apresenta-se como uma distopia que pode soar infantojuvenil, pela faixa etária dos personagens - crianças -, mas no decorrer da trama, é revelada a brutalidade presente em um romance dito adulto. O cenário político da narrativa é de um Estado em guerra nuclear, e os meninos, por sorte ou azar, após a queda do avião que os levava, se salvaram de uma bomba atômica.

terça-feira, 31 de março de 2020

Paris dos plongeurs / Orwell

Você deve notar que não tem mais tutu
E dizer que não está preocupado
Você deve lutar pela xepa da feira
E dizer que está recompensado

Comportamento Geral - Gonzaguinha



Paris by Night (1933) / Brassaï
A miséria sempre cai à tona como pauta da ficção e da realidade. Down and Out in Paris and London (1932) - Na pior em Paris e Londres - é um relato do submundo londrino e parisiense do escritor inglês George Orwell.

Crítico voraz do capitalismo, Orwell tem em mãos uma arma: arte da palavra. Da mesma forma que descreve sua vida nas ruas e albergues de Londres ou como lavador de pratos em Paris, ele denuncia a fome e a pobreza consequentes do capitalismo. Viver em breus, contar francos, vender pertences em troca de pão e chá. Este relato não foge das ficções do autor, impacta como uma distopia e apresenta recortes da pobreza e da alienação social dos escravos modernos.

sábado, 2 de fevereiro de 2019

William Wordsworth: uma ode à natureza

Alvan Fisher (1792-1863)- Pastoral Landscape (Paisagem Pastoril) 

O campo é a paisagem preferida para muitos poetas românticos, que agoniados com ar citadino, vão à relva procurar abrigo para a alma.

William Wordsworth compõe este quadro romanesco de escritores que expressaram um certo fascínio pela natureza. Wordsworth nasceu em 7 de abril de 1770, na cidade inglesa de Cockermouth. A poesia wordsworthiana é construída de forma simples. Sendo um poeta visual, contempla as descrições de espaço, e simples de linguagem, atento não às construções de floreios metafóricos que carregam o romantismo classicista, mas sim às descrições de paisagens e de sentimentos, de forma clara, coloquializada, penetrando literariamente na consciência do leitor.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

1984 e a institucionalização das relações


1984 (1949), de George Orwell, é, sem nebulosas sombras de dúvida, uma das maiores distopias de todos os tempos. Juntamente com o clássico Huxleyano Admirável Mundo Novo (1932), 1984 pessimiza a sociedade, enfatizando o absurdo poder do Estado e nossa alienação assumida.

Este não é o primeiro trabalho de Orwell que traz discussões sobre o poder do Estado e alienação social. Pensar em distopia na literatura é pensar em Orwell, seja com 1984 ou com A Revolução dos Bichos (1945), além de outros críticos romances, ensaios e memórias. 

domingo, 29 de abril de 2018

A sociedade ideal em "A Ilha" (Aldous Huxley)


A Ilha é o último romance escrito por  Aldous Leonard Huxley, publicado em 1962, um ano antes da morte do escritor. Inicialmente, o romance se revela longe da distopia huxleyana, revelando uma sociedade ideal, sem governantes, sem instituições opressoras, um sistema com princípios humanistas. 
@disparates.aglomerados