sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Ler, transformar e transtornar

Regina Zilberman e outras vozes defensoras da leitura como instrumento de transformação pessoal e social, nos convida a refletir sobre a força dos livros e seu impacto profundo em nossas vidas. 

Em sua obra Leitura em crise na escola (1991) a autora argumenta que a literatura não apenas molda indivíduos mais conscientes e críticos, mas também oferece refúgio em meio às adversidades da realidade cotidiana. Ler é tanto uma fuga quanto um chamado à observação atenta das dinâmicas sociais, do poder, das dores e das belezas que nos rodeiam. 

Literatura: fuga ou despertar?  

A leitura transforma e transtorna. 

O perigo — e a beleza — da ficção reside justamente em seu distanciamento da realidade. Ela nos acolhe em momentos de dor e frustração, mas também nos provoca, rompendo com visões limitadas do mundo. O leitor literário vive entre mundos: um marcado pela aspereza do cotidiano e outro em que a sensibilidade crítica ganha espaço.  

Gaelle Marcel | Unsplash 

Na medida em que conforta, a leitura também transtorna, abrindo novos horizontes de compreensão e estimulando um olhar mais atento sobre a sociedade. Assim, cada página lida é uma oportunidade de transformação, não apenas individual, mas coletiva. 

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Por que ler transforma

Zilberman reforça que a leitura não é um ato passivo. Ao nos colocar em contato com histórias diversas, ela ativa nossa empatia, aguça nossa percepção e fortalece a capacidade crítica. A literatura é, portanto, um convite para sermos cidadãos mais atentos, sensíveis e preparados para enfrentar os desafios contemporâneos.




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