Regina Zilberman e outras vozes defensoras da leitura como instrumento de transformação pessoal e social, nos convida a refletir sobre a força dos livros e seu impacto profundo em nossas vidas.
Em sua obra Leitura em crise na escola (1991) a autora argumenta que a literatura não apenas molda indivíduos mais conscientes e críticos, mas também oferece refúgio em meio às adversidades da realidade cotidiana. Ler é tanto uma fuga quanto um chamado à observação atenta das dinâmicas sociais, do poder, das dores e das belezas que nos rodeiam.
Literatura: fuga ou despertar?
A leitura transforma e transtorna.
O perigo — e a beleza — da ficção reside justamente em seu distanciamento da realidade. Ela nos acolhe em momentos de dor e frustração, mas também nos provoca, rompendo com visões limitadas do mundo. O leitor literário vive entre mundos: um marcado pela aspereza do cotidiano e outro em que a sensibilidade crítica ganha espaço.
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Gaelle Marcel | Unsplash |
Na medida em que conforta, a leitura também transtorna, abrindo novos horizontes de compreensão e estimulando um olhar mais atento sobre a sociedade. Assim, cada página lida é uma oportunidade de transformação, não apenas individual, mas coletiva.
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