sábado, 20 de julho de 2024

“O boa-vida” e o ócio de Jim Powell (F. Scott Fitzgerald)

Foto de Diego Mora Barrantes en Unsplash


O conto The Jelly Bean (O boa-vida) de Scott Fitzgerald se desenrola no sul da Geórgia, durante a Era do Jazz da década de 1920. Jim Powell, um jovem norte-americano típico da época, entrega-se aos excessos do hedonismo, dividindo seu tempo entre preocupações frívolas, festas e aventuras amorosas.

Embora à primeira vista pareça uma história superficial, The Jelly Bean oferece uma crítica mordaz à modernidade. Através da vida ociosa de Jim Powell, F. Scott Fitzgerald explora a frustração e o vazio existencial de uma geração que buscava a felicidade em prazeres momentâneos, mas se via incapaz de encontrar um sentido real para a vida.

A experiência de Jim na guerra o deixa marcado e desiludido com o mundo. Ele busca refúgio em festas e nos relacionamentos casuais, mas isso não o impede de se sentir vazio e sem direção. A paixão por Nancy representa um desejo por algo mais profundo e significativo na vida de Jim. No entanto, ele é incapaz de manter um relacionamento sério e acaba perdendo-a.

Jim é um herói de guerra que, em vez de ser celebrado por seus feitos, se vê relegado a uma vida sem propósito. Sua frustração o leva a buscar refúgio em prazeres vazios. 

Sobre esse mesmo tema, leia:  A marginalização do herói de guerra em Soldier's Home (Ernest Hemingway)

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