Foto de Billy Huynh en Unsplash |
Além de escritor, Antoine de Saint-Exupéry, autor do clássico O Pequeno Príncipe, também foi piloto de caças franceses. As aventuras do escritor durante a Segunda Guerra Mundial são contadas no livro Piloto de Guerra, publicado em 1942, nos EUA.
O livro, escrito enquanto Saint-Exupéry esteve exilado nos EUA, possui uma mistura de relato com devaneios, o livro aborda sua rotina como piloto durante os conflitos de 1940 entre a Alemanha e a França no período da Segunda Guerra Mundial. Os devaneios ficam por conta das reflexões do autor envolvendo a postura do homem no período de tensão bélica, a sociedade, o humanismo, o grande respeito pela nação francesa, sua paixão pela aviação e outros assuntos, que por vezes são interrompidos num diálogo entre seus companheiros de bordo.
Trechos do livro
"Ninguém ousa confessar que esta guerra não tem parecença com coisa alguma, que nada dela tem sentido, que nenhum esquema se lhe adapta, que se manejam, com toda a gravidade, fios que já não comunicam com as marionetes." (p. 14)
"E é desta maneira que eu, que parto em missão, não penso na luta do Ocidente contra o nazismo. Penso pormenores imediatos, penso em como é absurdo sobrevoar Arras a setecentos metros; na fragilidade das informações que desejam de nós. Penso ainda na lentidão com que me visto, nessa 'maquilagem' que se me afigura uma 'maquilagem' para carrasco. E depois penso nas minhas luvas: onde é que diabos vou encontrar as minhas luvas?" (p. 21)
"Vivemos no ventre cego de uma administração. Uma administração é uma máquina. Quanto mais perfeita é uma administração, mais ela elimina o arbítrio humano. Numa administração perfeita, onde o homem desempenha o papel de engrenagem, a preguiça, a desonestidade, a injustiça já não podem causar estragos." (p. 47)
O site da AMAB (Associação Memória da Aéropostale no Brasil) tem uma página dedicada a histórias e curiosidades de Saint-Exupéry como artista, escritor e aviador. Link disponível aqui.
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