1984 (1949), de George Orwell, é, sem nebulosas sombras de dúvida, uma das maiores distopias de todos os tempos. Juntamente com o clássico Huxleyano Admirável Mundo Novo (1932), 1984 pessimiza a sociedade, enfatizando o absurdo poder do Estado e nossa alienação assumida.
Este não é o primeiro trabalho de Orwell que traz discussões sobre o poder do Estado e alienação social. Pensar em distopia na literatura é pensar em Orwell, seja com 1984 ou com A Revolução dos Bichos (1945), além de outros críticos romances, ensaios e memórias.
Situado em um mundo não tão distante do nosso, 1984 revela um Estado totalitário com uma sociedade completamente dominada pelo Estado e vigiada pelo Big Brother, a figura ditatorial. Além de apresentar as mazelas do Estado, Orwell sensibiliza corações literários com seus heróis apaixonados, Winston e Julia. Winston é o herói da trama, supostamente tem 39 anos, e vive um romance secreto com a jovem Julia, membro fiel ao Partido. O clímax da narrativa é o sentimentalismo no meio da frieza, o amor num Estado sem amor, que reprime qualquer tipo de sentimento.
Longe de todos os ministérios que dividiam os serviços governamentais, em distrito periférico e esquecido pelo Poder, os dois heróis se amavam, era um ato político. Sem teletela, sem minutos de ódio, sem partidarismo.
Longe de todos os ministérios que dividiam os serviços governamentais, em distrito periférico e esquecido pelo Poder, os dois heróis se amavam, era um ato político. Sem teletela, sem minutos de ódio, sem partidarismo.
A união fora uma batalha, o clímax uma vitória. Era um golpe desferido do partido. Era um ato político.
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