Island (Marne Grahlman) |
A Ilha é o último romance escrito por Aldous Leonard Huxley, publicado em 1962, um ano antes da morte do escritor. Inicialmente, o romance se revela longe da distopia huxleyana, revelando uma sociedade ideal, sem governantes, sem instituições opressoras, um sistema com princípios humanistas.
Os habitantes da Ilha de Pala, espaço desta ficção, possuem um comportamento heterodoxo, semelhante aos dos hippies dos anos 60/70, que defendiam o amor livre, a religiosidade sem dogmas, o respeito às diferenças individuais, o uso de drogas com o objetivo de libertação mental e exaltação da procura pela felicidade individual e coletiva. Além disso, esta sociedade idealizada caminha na contramão do consumismo exacerbado, bem como do progresso tecnológico sem propósitos coletivos e devidamente benéficos.
O protagonista deste romance é Will Fanarby, jornalista nascido e crescido sob os valores ocidentais que acorda em Pala após um acidente com seu veleiro. Os conflitos da trama surgem com as intromissões do governo vizinho, interessado em Pala pela sua potência petrolífera. Will passa a conhecer de perto esta sociedade, bem como o interesse do governo ditatorial vizinho, do qual a Ilha e seus habitantes vem sendo constantemente ameaçados.
O último livro de Huxley finaliza sua crítica ao homem moderno, vítima de sua própria cultura, de seus preconceitos. Apesar de iniciar como uma utopia, o romance não foge da linha pessimista do gênero distópico, revelando os malefícios do Estado e a mesquinhez do homem moderno.
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