segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

A maldade humana em “O Demônio da Perversidade” (Poe)

Publicado em julho de 1845, O Demônio da Perversidade é uma obra de Edgar Allan Poe que começa como um ensaio filosófico, mas se transforma em uma narrativa envolvente. Combinando elementos psicológicos e metafísicos, o conto explora as profundezas da mente humana e a inquietante atração pelo autossabotagem.

Em suma, a história é sobre um homem que comete um assassinato, mas é atormentado por um impulso irresistível que o leva a confessar o crime.

Em meio ao terror psicológico, Poe teoriza que todos os seres humanos possuem uma tendência autodestrutiva inerente, uma força irracional que nos leva a cometer atos simplesmente porque sabemos que não deveríamos. Ele chama essa força de "Demônio da Perversidade" (Imp of the Perverse), descrevendo-a como um impulso natural que desafia a lógica e a razão.  

Estamos à beira de um precipício. Espiamos o abismo – sentimos enjoo e tontura. Nosso primeiro impulso é recuar diante do perigo. Inexplicavelmente, permanecemos. Aos poucos, nosso enjoo, tontura e horror se fundem em uma nuvem de sentimentos inomináveis.

O conto O Demônio da Perversidade é considerado um dos contos mais obscuros de Poe. A complexidade psicológica e metafísica apresentada dividiu a crítica, mas a obra continua sendo uma fascinante exploração da mente humana e dos mistérios da moralidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário