Quando decidimos ir, não há quem mude nossa ideia. E não há nada mais bonito que ir, respeitando a
liberdade, respeitando a si mesmo - talvez o maior ato de amor e amor-próprio que podemos fazer.
Um poema sobre liberdade que mexe comigo há mais tempo do que posso lembrar é o
Atira para o mar de
Renata Pallottini, escritora brasileira que se destacou, sobretudo, na dramaturgia nacional.
Dá uma lida abaixo e diz pra mim o que tu sente ao ler:
Atira para o mar as tuas coisas
abandona os teus pais
muda de nome
esquece a pátria
parte sem bagagem
fica mudo e ensurdece
abre os teus olhos.
Se o teu amor não vale tudo isso
então fica onde estás
gelado e quieto.
O amor só sabe ir de mãos vazias
e só vale se for
o único projeto.