Neste vômito nasci, e neste vômito morrerei.
Para os amantes da literatura modernista e da prosa experimental, Henry Miller oferece sempre uma experiência visceral, onde a beleza poética encontra uma luz no fim do túnel do esgoto. Em Primavera Negra, livro publicado em 1936, essa literatura não é diferente.
Agora eu nunca estou sozinho. Na pior das hipóteses estou com Deus!
![]() |
Alexander Zvir | Unsplash |
Neste sedutor turbilhão de Paris e Nova York, ele captura como ninguém a fusão das pessoas e das cidades que habitam. Henry Miller leva os leitores à umidade e a sujeira de sua juventude no Brooklyn até os cafés ensolarados e os apartamentos miseráveis de Paris. Um passeio no Brooklyn pode virar uma narrativa onde andamos entre a ficção e a não-ficção.
Totalmente subversivo, o universo de Miller é construído dentro de um vazio, enquanto o mundo vai a mil. O caos lá fora de nada tem a ver com o escritor que tenta se constituir dentro de suas folhas em branco.
Minha vida toda está estendida em uma manhã ininterrupta. Escrevo partindo do nada cada dia. Cada dia um novo mundo é criado, separado e completo, e lá estou eu entre as constelações, um deus tão louco por si próprio que não faz outra coisa senão cantar e modelar novos mundos. Enquanto isso o velho universo está caindo aos pedaços.
Oi, tudo bem? Falando em escritores, que tal apoiar a minha escrita? 💛 Clique aqui!
Nenhum comentário:
Postar um comentário