Fascista em pele de porco e a fábula distópica de George Orwell

A Revolução dos Bichos, de George Orwell, é um dos livros mais famosos do autor e também considerado um clássico moderno da literatura inglesa. No imaginário literário, Animal Farm nada mais é que uma fábula distópica.

Orwell, neste pequeno romance, utiliza os recursos de fábula e com sua maestria satírica, veste proletários, ditadores e tiranos em peles de porcos, cavalos e outros animais. Isso tudo para denunciar, com toda licença poética que lhe foi permitida, os ciclos de opressão e poder na Historia mundial.

A trama se desenrola a partir do motim dos animais contra os humanos. A revolta que ecoa as promessas de liberdade e igualdade, mas que aos poucos vai desmascarando um micro estado corrupto na fazenda dos animais revoltados.

Os porcos, os idealizadores da Revolução dos Bichos, logo emergem como os novos dominadores, empregando estratagemas manipuladoras para consolidar seu poder. Nosso Senhor do Balde de Lavagem é um tirano calculista, um clássico fascista que, através da propaganda, faz da utopia um pesadelo nacionalista ou "ruralista" na fazenda.

A figura de Napoleão criada pelo escritor britânico George Orwell, o Senhor do Balde de Lavagem, personifica a ascensão do totalitarismo e a traição dos ideais revolucionários que um dia moveram uma nação (movem, perdão).

Bichos ingleses e irlandeses,

Bichos de todas as partes!

Eis a mensagem de esperança,

No futuro que virá!

Cedo ou tarde virá o dia,

Cairá a tirania

E os campos todos da Inglaterra

Só aos bichos caberão.

A última vez que li este livro foi na versão simplório da Coleção Aventura de Ler da Editora Globo, datando o ano 1996, o ano que cheguei ao mundo para ver ele sendo destruído por porcos.

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