Depois do documentário, A História das Coisas (The Story of Stuff) de Annie Leonard teve sua versão em livro. Na minha adolescência, uma fase de descobertas e questionamentos, fui apresentada ao documentário e posteriormente ao livro. Nos meus 14, não posso negar que essas leituras (tanto do livro como do doc), se destacaram para alguém que se questionava sobre o mundo de uma maneira crítica (pra não dizer de uma maneira quase-CHATA).
O livro, baseado na pesquisa de Annie Leonard, traz de forma acessível o funcionamento da economia global, da extração de recursos naturais ao descarte final dos produtos. Ele tece uma crítica ao modelo de produção e consumo capitalista que prioriza o lucro acima da sustentabilidade ambiental e da justiça social.
Sistema do desperdício
Um dos conceitos centrais de A História das Coisas é a obsolescência programada. A obsolescência planejada ou programada se resume em comprarmos tal produto e em um determinado tempo, geralmente curto, o mesmo deixará de funcionar por já estar programado seu tempo de vida. Essa prática consiste em criar produtos com um tempo de vida útil intencionalmente limitado ou projetá-los para se tornarem rapidamente obsoletos perante as tendências e valores sociais.
A obsolescência programada é mais uma estratégia do sistema capitalista. Ficamos submetidos ao tempo de vida do produto ou às tendências. Aumentamos a riqueza de empresas privadas e poluímos a natureza descartando lixos que simplesmente poderiam ser concertados ou reutilizados.
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Driblar o sistema. Como?
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| Sob o céu de burger king |
Você já pensou em formas de driblar, mesmo que minimamente, o sistema? Fugir dele sem que nenhuma propaganda lhe pergunte por quê? Romper com a lógica da obsolescência programada exige uma mudança de mentalidade geral.
Quando as pessoas ao longo do sistema se unirem, poderemos reivindicar e transformar esse sistema linear em algo novo, um sistema que não desperdice recursos ou pessoas. Porque aquilo de que precisamos nos livrar é da antiga mentalidade de usar e jogar fora, há uma nova escola de pensamento nesse assunto, e é baseada em sustentabilidade e equidade, produção em ciclo fechado, zero resíduos, economias locais vivas, energia renovável e química verde. (Annie Leonard)
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