domingo, 29 de abril de 2018

A sociedade ideal em "A Ilha" (Aldous Huxley)


A Ilha é o último romance escrito por  Aldous Leonard Huxley, publicado em 1962, um ano antes da morte do escritor. Inicialmente, o romance se revela longe da distopia huxleyana, revelando uma sociedade ideal, sem governantes, sem instituições opressoras, um sistema com princípios humanistas. 
@disparates.aglomerados

sábado, 31 de março de 2018

“O Planeta dos Macacos”, macacos não me mordam



Escrito pelo francês Pierre Boulle, em 1963, “O Planeta dos Macacos” causa uma fome quase que insaciável. O livro apresenta a aventura de três astronautas que viajam além das estrelas e encontram um planeta similar a Terra, mas com um porém, este planeta é tomado pelos macacos e os humanos são os “selvagens”, usados em testes médicos, em apresentações circenses e cobaias de experiências.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

O ovo existencial



"O ovo é a alma da galinha. A galinha desajeitada. O ovo certo. A galinha assustada. O ovo certo. Como um projétil parado. Pois ovo é ovo no espaço. Ovo sobre azul. – Eu te amo, ovo."

Na mesa da cozinha temos um ovo e a busca por uma resposta. O ovo e a galinha segue uma linha gastrofilosófica, em  que Clarice Lispector convida o leitor para uma viagem ao universo do ovo. Quase um ensaio, um discorrer existencialista que envolve uma grande questão da humanidade, a origem do ovo e da galinha. 

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Prefácio Interessantíssimo e a poesia de Mário de Andrade


 
No início do prefácio, chamado propositalmente de Prefácio Interessantíssimo, de Paulicéia Desvairada (1922), Mário de Andrade já deixa claro uma “impulsão lírica", caracterizada como: 
“escrevo sem pensar tudo que meu inconsciente me grita”

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Uma análise psicanalítica de Chapeuzinho Vermelho


É notável o objetivo de problematizar o conto, não no sentido de apontar problemas, mas de analisar minuciosamente a narrativa a partir de uma lógica ou teoria, no caso, a psicanálise. Neste caminho, o psicólogo austríaco Bruno Bettelheim seguiu para escrever “A Psicanálise dos Contos de Fadas” (1976).

O conto em pauta é um dos clássicos universais, a “Chapeuzinho Vermelho”, escrito pelo francês Charles Perrault, quase trezentos anos antes de Bettelheim publicar este livro. Além do clássico de Perrault, Bettelheim faz contrapontos com a adaptação dos Irmãos Grimm, escrita em 1812, e que porventura fez mais sucesso que a versão original.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Por que Jack London é rei?

As aventuras contadas na ficção de Jack London dificilmente ultrapassam as de sua vida real. Em 12 de janeiro de 1876, o escritor que conhecemos como Jack London, que na verdade se chamava John Griffith Chaney, nasceu, em São Francisco, Califórnia.
Flora Wellman, mãe de London, se recusou a fazer o aborto, então, o possível pai, William H. Charney, a abandonou. A depressão de Flora foi tão forte que ela tentou se suicidar duas vezes em dois dias. Oito meses depois, Flora casou-se com John London, um viúvo com duas filhas e que deu ao seu novo filho seu sobrenome e seu amor.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

As mulheres de Lima Barreto

Lima Barreto por Cássio Loredano
Há diferentes representações femininas tematizando os contos e as crônicas de Lima Barreto. São mulheres cheias de estigmas, ora samaritanas, ora repletas de pecados capitais. Comuns e incomuns, se conversam, se conectam com seus paradoxos e paradigmas.

Com o exagero realista puramente brasileiro, Lima Barreto construiu suas personagens a partir de uma ótica pessimista, bem longe das alcovas romantizadas, foi de barzinhos a pensões, de subordinados aos soberbos de um subúrbio sem voz.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

O piloto e escritor

Foto de Billy Huynh en Unsplash


Além de escritor, Antoine de Saint-Exupéry, autor do clássico O Pequeno Príncipe, também foi piloto de caças franceses. As aventuras do escritor durante a Segunda Guerra Mundial são contadas no livro Piloto de Guerra, publicado em 1942, nos EUA.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Antes de nós, antes de Adão



Não, este artigo não pretende abordar ideias criacionistas. Falarei sobre a obra fictícia Antes de Adão (Before Adam, originalmente), de Jack London, que apesar de levar o nome do primeiro homem do mundo, segundo a Bíblia, o leitor pode facilmente perceber a ligação com a crença de que simplesmente – e extraordinariamente - evoluímos. Apesar disso, London não faz nenhuma menção a Charles Darwin ou a sua teoria neste romance de 1907.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O Falso Testamento de Oscar Wilde


Em O Testamento de Oscar Wilde (1983), Peter Ackroyd, escritor conhecido no meio literário como um dos grandes biógrafos do Reino Unido, abusa da linguagem wildeana para tornar a público a vida (quase) real de  Oscar Wilde.

Numa espécie de autobiografia, Peter Ackroyd pretende trazer uma retrospectiva da vida de Oscar Wilde, desde a infância em Dublin até o exílio em Paris, apropriando-se assim de elementos biográficos e linguísticos do escritor. A linguagem é tão wildeana que facilmente poderia ser considerada escrita pelo próprio Oscar caso o leitor apressadinho ignorasse as orelhas do livro.