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Daniele Franchi | Unsplash |
segunda-feira, 3 de março de 2025
The Pearl: sonhos, ambições e perigos (Steinbeck)
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025
Ler, transformar e transtornar
Regina Zilberman e outras vozes defensoras da leitura como instrumento de transformação pessoal e social, nos convida a refletir sobre a força dos livros e seu impacto profundo em nossas vidas.
Em sua obra Leitura em crise na escola (1991) a autora argumenta que a literatura não apenas molda indivíduos mais conscientes e críticos, mas também oferece refúgio em meio às adversidades da realidade cotidiana. Ler é tanto uma fuga quanto um chamado à observação atenta das dinâmicas sociais, do poder, das dores e das belezas que nos rodeiam.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
Vida e morte em “Carcassone” (William Faulkner)
O pequeno conto Carcassonne do escritor estadunidense William Faulkner foi publicado pela primeira vez em 1931, como parte de uma coleção de história que incluem A Rose for Emily e Dry September. A narrativa é repleta de metáforas, transitando entre o real e o simbólico, a fragilidade da existência e a inevitabilidade da morte.
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Alex S | Pexels |
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
Existência e revolta: O homem revoltado (Camus)
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Um rosto mais do que humano, triste como o universo, belo como o suicídio. | collage: delírio recortado |
O que é um revoltado? Um homem que diz não.
Falar sobre revolta é abordar a própria essência da existência humana. Desde o nascimento até a morte, vivemos em uma constante batalha de ideias, onde a mente se confronta com discursos que aceitamos ou rejeitamos, moldando nossa forma de conviver em sociedade.
Em o Homem Revoltado, Albert Camus não oferece respostas simples à vida. Ele convida à reflexão sobre a complexidade da existência, onde a revolta não é apenas um ato de oposição, mas uma declaração de que a vida, apesar de tudo, deveria ser vivida com consciência e resistência.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025
Neurose de um homem só em “A Miniatura” (Elisa Palatnik)
A Miniatura (2005) é um romance cativante que combina humor ácido e suspense intrigante, escrito por Elisa Palatnik. A trama gira em torno de Emílio, um miniaturista introspectivo e neurótico que vive uma relação peculiar com Inês, sua namorada misteriosa - e alta!
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Etactics Inc - Unsplash |
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025
O que é leitura: reflexões sobre letramento
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
A floresta sombria na mente de Edgar Allan Poe
Edgar Allan Poe é o mestre do suspense e da melancolia. Sendo capaz, se a sua insanidade permitir, de invadir seus sonhos com narrativas sombrias, onde paredes escondem segredos terríveis e corvos ganham um ar assassino. Na edição Poe: poemas e ensaios (1999) da Editora Globo, os poemas e ensaios são reunidos para explorar os aspectos mais melancólicos de sua obra, sem abandonar o estilo mórbido que marcou sua trajetória.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025
Zygmunt Bauman: liberdade líquida em tempos modernos
Eu estava tão feliz, eu podia chafurdar na lama e aquecer-me ao sol, eu podia comer e beber, grunhir e guinchar, e estava livre de meditações e dúvidas: “O que devo fazer, isto ou aquilo?”. Por que vieste? Para jogar-me outra vez na vida odiosa que eu levava antes?
Escrevo o rascunho deste texto à mão, sentada à beira-mar em uma praia quase deserta. Hoje, optei por uma vida mais analógica, enquanto reflito sobre leitura e liberdade, inspirada pelo livro Modernidade Líquida (1999), de Zygmunt Bauman. Em tempos de consumismo desenfreado e imediatismo digital, essa escolha parece quase uma rebeldia.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025
O Bilhete Premiado (Tchekhov): quando a felicidade encontra a fragilidade
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@disparates.aglomerados |
Anton Pavlovitch Tchekhov (1860 – 1904) nasceu em Tagarong, cidade litorânea da Rússia, mais tarde foi para Moscou estudar medicina. Para se sustentar, escrevia em periódicos, a maioria de seus escritos da época (entre 1880) eram humorísticos. Por alguns anos atuou na área da medicina, mas entre 1885-87 Tchekhov decidiu se aprofundar na literatura e com uma temática mais séria. Foi em 87 também que ele escreveu O Bilhete Premiado.
sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Desertores da estética | PIXAÇÃO: A arte em cima do muro
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Islington, Londres |
encostar-se indivíduos
em ato de fuzilamento.
Também se pode em um muro
dizer, em cartazes ou letras
pintadas, palavras como “Paz”, “Merda” ou “Viva a Democracia".
Mas há o outro lado:
O lado de um muro onde moram as pessoas
que amam, trabalham e sofrem
– por sobre o qual (lado)
se acredita a linha estendida
de um presente mar-horizonte
na distancia interior
ARTE. Como uma palavra tão curta pode carregar tantos significados e preconceitos, não é mesmo? Quando pensamos na arte marginalizada da pixação e a comparamos com o graffiti, fica claro como manifestações artísticas similares geram percepções opostas. A pixação, com seu caráter rebelde, confronta diretamente o graffiti, muitas vezes confundido com ela.
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PIÁ, Joinville (SC) |
Luiz Henrique Pereira Nascimento — filósofo, ativista, professor e artista — dedicou três anos ao estudo da pixação e lançou o livro PIXAÇÃO: A arte em cima do muro (2015), no qual aborda profundamente essa forma de arte marginalizada feito pelos pichadores, desertores da estética artística tradicional.