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eze_cmf | Unsplash |
segunda-feira, 24 de março de 2025
O peso da maternidade em "A Filha Perdida" (Elena Ferrante)
sexta-feira, 21 de março de 2025
"Lua crescente em Amsterdã" e os perrengues de viagem
Lua crescente em Amsterdã, conto de Lygia Fagundes Telles presente no livro Seminário dos Ratos (1977), é uma narrativa que mistura o cotidiano com o fantástico. A história acompanha um casal que, além de estar sem dinheiro, enfrenta dificuldades de comunicação em um país estrangeiro.
Entre diálogos cortantes e reflexões existenciais, o conto leva o leitor a um desfecho inesperado, marcado pela metamorfose dos personagens.
segunda-feira, 17 de março de 2025
Elisa Allen florescendo em “Os Crisântemos” (Steinbeck)
John Steinbeck é reconhecido como um dos autores mais influentes da literatura norte-americana, cujas obras são marcadas por narrativas profundas que exploram temas sociais. O conto "Os Crisântemos", publicado em 1938, aborda a questão da autonomia feminina.
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Valeriia Miller | corelens |
sexta-feira, 14 de março de 2025
O lar desconstruído em Apelo (Dalton Trevisan)
O pequeno conto Apelo de Dalton Trevisan aborda perda e saudade, explorando a desordem emocional e doméstica causada pela ausência de uma mulher. Através da voz de um marido aflito, Trevisan revela a dependência emocional e prática em relação à figura feminina, um reflexo dos estereótipos de gênero presentes na sociedade.
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia.
Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.
segunda-feira, 10 de março de 2025
A Cor Púrpura: resistência e empoderamento
A Cor Púrpura é um romance escrito por Alice Walker e publicado em 1982, vencedor do Prêmio Pulitzer. A obra conta a história de Celie, uma jovem afro-americana que cresce em meio à pobreza e segregação no sul dos Estados Unidos.
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Ricardo IV Tamayo | Unsplash |
Desde a infância, Celie enfrenta uma realidade devastadora, marcada pelo abuso físico e psicológico de seu padrasto. Como mulher negra e pobre, vive aprisionada em um ciclo de opressão e intolerância.
sábado, 8 de março de 2025
A Mulher Ferida e a figura paterna (Linda Leonard)
Nascemos no mesmo lar, mas não defendemos os mesmos ideais.
Temos o mesmo sangue, mas não sentimos as mesmas coisas.
Sangue, carne, ossos, memória e trauma. (À sombra incômoda da árvore)
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Rubén Bagüés | Unsplash |
A infância é um território que percorremos por toda a vida. Essa frase ressoou profundamente em mim ao ler A Mulher Ferida: em busca de um relacionamento responsável entre homens e mulheres (1997) de Linda Schierse Leonard, uma obra que dialoga com muitas mulheres ao abordar a influência da figura paterna em nossas vidas.
sexta-feira, 7 de março de 2025
Memória e resistência: Ainda estou aqui (Marcelo Rubens Paiva)
Mais do que um livro sobre saudades, Ainda estou aqui, de Marcelo Rubens Paiva, é uma história sobre memória.
A memória não é a capacidade de organizar e classificar recordações em arquivos. Não existem arquivos. A acumulação do passado sobre o passado prossegue até o nosso fim, memória sobre memória, através de memórias que se misturam, deturpadas, bloqueadas, recorrentes ou escondidas, ou reprimidas, ou blindadas por um instinto de sobrevivência. (p.25)
O autor revisita o passado com um olhar especial para sua mãe, Eunice Paiva, retratada como uma mulher forte, vaidosa e destemida, especialmente após o desaparecimento e assassinato de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, vítima da ditadura militar no Brasil.
segunda-feira, 3 de março de 2025
The Pearl: sonhos, ambições e perigos (Steinbeck)
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Daniele Franchi | Unsplash |
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025
Ler, transformar e transtornar
Regina Zilberman e outras vozes defensoras da leitura como instrumento de transformação pessoal e social, nos convida a refletir sobre a força dos livros e seu impacto profundo em nossas vidas.
Em sua obra Leitura em crise na escola (1991) a autora argumenta que a literatura não apenas molda indivíduos mais conscientes e críticos, mas também oferece refúgio em meio às adversidades da realidade cotidiana. Ler é tanto uma fuga quanto um chamado à observação atenta das dinâmicas sociais, do poder, das dores e das belezas que nos rodeiam.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
Vida e morte em “Carcassone” (William Faulkner)
O pequeno conto Carcassonne do escritor estadunidense William Faulkner foi publicado pela primeira vez em 1931, como parte de uma coleção de história que incluem A Rose for Emily e Dry September. A narrativa é repleta de metáforas, transitando entre o real e o simbólico, a fragilidade da existência e a inevitabilidade da morte.
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Alex S | Pexels |