Publicado em 1941, O Colosso de Marússia (Colossus of Marussi) é um relato de viagem apaixonado sobre a Grécia, escrito por Henry Miller. Apesar de ser categorizado como literatura de viagem, Miller mistura seu relato de viagem a um ensaio transcendental, reafirmando a significância e o lugar do eu no tempo e espaço.
quinta-feira, 23 de abril de 2020
A graça da Grécia por Henry Miller (O Colosso de Marússia)
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terça-feira, 31 de março de 2020
Paris dos plongeurs / Orwell
Você deve notar que não tem mais tutu
E dizer que não está preocupado
Você deve lutar pela xepa da feira
E dizer que está recompensado
Comportamento Geral - Gonzaguinha
A miséria sempre cai à tona como pauta da ficção e da realidade. Down and Out in Paris and London (1932) - Na pior em Paris e Londres - é um relato do submundo londrino e parisiense do escritor inglês George Orwell.
Crítico voraz do capitalismo, Orwell tem em mãos uma arma: arte da palavra. Da mesma forma que descreve sua vida nas ruas e albergues de Londres ou como lavador de pratos em Paris, ele denuncia a fome e a pobreza consequentes do capitalismo. Viver em breus, contar francos, vender pertences em troca de pão e chá. Este relato não foge das ficções do autor, impacta como uma distopia e apresenta recortes da pobreza e da alienação social dos escravos modernos.
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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
Everett Ruess ou O chamado do vento selvagem
"Viver é ser feliz, despreocupado, ser dominado pela glória de tudo. Não ser feliz é uma morte em vida. Sozinho, me atiro ao céu, lanço meu desafio e grito a canção dos vencedores aos quatro ventos, à terra, ao mar, ao sol, à lua e às estrelas. Eu vivo!"
Trecho da carta de Everett Ruess ao seu amigo Bill Hughes, de 5 de maio de 1934
Nos anos da Grande Depressão, Everett Ruess (1914-1934/Oakland, Califórnia), um jovem insatisfeito com a vida que a maioria das pessoas levavam, quis viver à sua maneira. Seus objetivos eram desfrutar das paisagens do oeste americano, absorver impressões e experiências e manifestá-las tanto na pintura como na escrita. E os fez com sucesso, pelo menos até onde pôde.
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sábado, 2 de fevereiro de 2019
William Wordsworth: uma ode à natureza
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Alvan Fisher (1792-1863)- Pastoral Landscape (Paisagem Pastoril) |
O campo é a paisagem preferida para muitos poetas românticos, que agoniados com ar citadino, vão à relva procurar abrigo para a alma.
William Wordsworth compõe este quadro romanesco de escritores que expressaram um certo fascínio pela natureza. Wordsworth nasceu em 7 de abril de 1770, na cidade inglesa de Cockermouth. A poesia wordsworthiana é construída de forma simples. Sendo um poeta visual, contempla as descrições de espaço, e simples de linguagem, atento não às construções de floreios metafóricos que carregam o romantismo classicista, mas sim às descrições de paisagens e de sentimentos, de forma clara, coloquializada, penetrando literariamente na consciência do leitor.
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terça-feira, 27 de novembro de 2018
um lugar à mesa: Lavoura Arcaica (1975)

"A terra, o trigo, o pão, a mesa, a família (a terra); existe nesse ciclo, dizia o pai nos seus sermões, amor, trabalho, campo."
Da partida ao retorno, Nassar narra, com apropriações bíblicas, o drama de André, a ovelha desgarrada da família de imigrantes libaneses. André vive (e sente) o amor incestuoso e proibido com Ana, sua irmã mais nova. A impossibilidade amorosa motiva a fuga da lavoura, assim como todo arranjo familiar, pautado no patriarcado e nos valores religiosos.
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segunda-feira, 15 de outubro de 2018
1984 e a institucionalização das relações
1984 (1949), de George Orwell, é, sem nebulosas sombras de dúvida, uma das maiores distopias de todos os tempos. Juntamente com o clássico Huxleyano Admirável Mundo Novo (1932), 1984 pessimiza a sociedade, enfatizando o absurdo poder do Estado e nossa alienação assumida.
Este não é o primeiro trabalho de Orwell que traz discussões sobre o poder do Estado e alienação social. Pensar em distopia na literatura é pensar em Orwell, seja com 1984 ou com A Revolução dos Bichos (1945), além de outros críticos romances, ensaios e memórias.
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domingo, 29 de abril de 2018
A sociedade ideal em "A Ilha" (Aldous Huxley)
A Ilha é o último romance escrito por Aldous Leonard Huxley, publicado em 1962, um ano antes da morte do escritor. Inicialmente, o romance se revela longe da distopia huxleyana, revelando uma sociedade ideal, sem governantes, sem instituições opressoras, um sistema com princípios humanistas.
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sábado, 31 de março de 2018
“O Planeta dos Macacos”, macacos não me mordam
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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018
O ovo existencial
"O ovo é a alma da galinha. A galinha desajeitada. O ovo certo. A galinha assustada. O ovo certo. Como um projétil parado. Pois ovo é ovo no espaço. Ovo sobre azul. – Eu te amo, ovo."
Na mesa da cozinha temos um ovo e a busca por uma resposta. O ovo e a galinha segue uma linha gastrofilosófica, em que Clarice Lispector convida o leitor para uma viagem ao universo do ovo. Quase um ensaio, um discorrer existencialista que envolve uma grande questão da humanidade, a origem do ovo e da galinha.
segunda-feira, 1 de janeiro de 2018
Prefácio Interessantíssimo e a poesia de Mário de Andrade
No início do prefácio, chamado propositalmente de Prefácio Interessantíssimo, de Paulicéia Desvairada (1922), Mário de Andrade já deixa claro uma “impulsão lírica", caracterizada como:
“escrevo sem pensar tudo que meu inconsciente me grita”
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