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sábado, 8 de junho de 2024

Eu livre lendo Bakunin





Nasci para conhecer-te
E chamar-te
Liberdade. 

Na saudosa, que sequer vivi, década de 80, a L&PM publicou dentro de sua série Biblioteca Anarquista (reeditada nos anos 2000), textos do filósofo russo Mikhail BakuninDeus e o Estado, A Igreja e o Estado e a tensa relação com Marx compõem a seleção de textos primorosamente organizada pelo pensador francês contemporâneo de Bakunin Daniel Guérin

segunda-feira, 5 de maio de 2025

Nem tudo é sobre humor: charges, cartuns e tirinhas

Nem tudo é sobre fazer rir. Charges, cartuns, tirinhas ou, simplesmente, histórias em quadrinhos, são comumente associadas ao universo infantil ou geek. No entanto, se folhearmos os jornais - como na moda antiga - ou abrirmos a rede social mais próxima para observar que estes gêneros vão muito além do universo Marvel ou Disney.

Gabriel Dantas | @bifedeunicornio

Charges, cartuns e tirinhas nos fazem rir mas também refletir, seja para falar de política, celebridades e até mesmo comportamento social.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Zygmunt Bauman: liberdade líquida em tempos modernos

Eu estava tão feliz, eu podia chafurdar na lama e aquecer-me ao sol, eu podia comer e beber, grunhir e guinchar, e estava livre de meditações e dúvidas: “O que devo fazer, isto ou aquilo?”. Por que vieste? Para jogar-me outra vez na vida odiosa que eu levava antes?

Escrevo o rascunho deste texto à mão, sentada à beira-mar em uma praia quase deserta. Hoje, optei por uma vida mais analógica, enquanto reflito sobre leitura e liberdade, inspirada pelo livro Modernidade Líquida (1999), de Zygmunt Bauman. Em tempos de consumismo desenfreado e imediatismo digital, essa escolha parece quase uma rebeldia.

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Anarquismo: incendiário e libertador por Cindy Milstein

Cemitério dos Imigrantes em Joinville (SC)

O que é necessário para entender uma ideologia que pulsa feito coração? Isso tudo porque falamos de LIBERDADE.

Cindy Milstein, autora na série "Lexicon", traduzida pela Editora Monstro dos Mares, define o anarquismo como a busca por uma sociedade de indivíduos livres. Para ela, não se trata apenas de uma teoria, mas de um sentimento profundamente humano que se manifesta na busca por liberdade, justiça e solidariedade para todos.

sábado, 27 de abril de 2024

American Haiku: Jack Kerouac e o haicai da Quinta Avenida


Acreditando que as linguagens orientais não poderiam se adaptar à linguagem do ocidente, o escritor norte-americano Jack Kerouac propôs o American haiku dentro da sua bagagem literária.

sábado, 22 de junho de 2024

Álvaro de Campos, um outro poeta português

Fernando Pessoa disse ter depositado em Álvaro de Campos toda a emoção que não cabia em si mesmo ou na vida. Essa afirmação revela a natureza singular desse heterônimo, que se torna um receptáculo das emoções mais íntimas do poeta. 

A lírica de Campos é carregada de modernidade, rompendo com as rimas tradicionais e abraçando a liberdade formal. É a expressão de um poeta-engenheiro em busca de fuga, sedento por liberdade na Lisboa em plena expansão dos anos 30.

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Para cortar as amarras: Atira para o mar (Renata Pallottini)

 Quando decidimos ir, não há quem mude nossa ideia. E não há nada mais bonito que ir, respeitando a liberdade, respeitando a si mesmo - talvez o maior ato de amor e amor-próprio que podemos fazer.

Um poema sobre liberdade que mexe comigo há mais tempo do que posso lembrar é o Atira para o mar de Renata Pallottini, escritora brasileira que se destacou, sobretudo, na dramaturgia nacional. 

Dá uma lida abaixo e diz pra mim o que tu sente ao ler:

Atira para o mar as tuas coisas

abandona os teus pais

muda de nome


esquece a pátria

parte sem bagagem

fica mudo e ensurdece

abre os teus olhos.


Se o teu amor não vale tudo isso

então fica onde estás

gelado e quieto.


O amor só sabe ir de mãos vazias

e só vale se for

o único projeto.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

A angústia prisional de Victor Serge

Foto de Vanessa Werder en Unsplash

Victor Serge nasceu em 30 de dezembro de 1890, em Bruxelas, capital da Bélgica. De origem russo-polaca, era filho de um militante do grupo clandestino russo Zemlya i Volya (Terra e Liberdade).

Com o sangue de revolucionário correndo em suas veias, Serge seguiu os passos do pai e começou sua luta operária aos 15 anos, engajando-se em movimentos anarquistas pela capital belga. Em defesa da classe trabalhadora, exerceu a profissão de jornalista por muitos anos, incluindo durante seu exílio na América Latina.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Diálogos sobre rodas

“Em sua montaria
o ciclista pedala
a fantasia.”
O Ciclista (2002), de Alcides Buss

O ciclista

Imagem relacionada
Alfred Jarry

Alfred Jarry, poeta francês, pedala devagar em direção a algum lugar que o retrato não nos mostra. Mais do que uma fotografia de Jarry tirada pelo também francês Harlingue-Viollet, temos um: ciclista.

Antes de versar nesta prosa, eu havia voltado a pedalar, não porque precisasse vivenciar a experiência para poder escrever com convicção, mas porque simplesmente quis. Então eu pedalei. E só na volta, enquanto pedalava em direção ao meu destino final, a imagem de Jarry veio à mente, mas junto, veio também duas obras da literatura sulista.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Everett Ruess ou O chamado do vento selvagem


 "Viver é ser feliz, despreocupado, ser dominado pela glória de tudo. Não ser feliz é uma morte em vida. Sozinho, me atiro ao céu, lanço meu desafio e grito a canção dos vencedores aos quatro ventos, à terra, ao mar, ao sol, à lua e às estrelas. Eu vivo!"
Trecho da carta de Everett Ruess ao seu amigo Bill Hughes, de 5 de maio de 1934

Nos anos da Grande Depressão, Everett Ruess (1914-1934/Oakland, Califórnia), um jovem insatisfeito com a vida que a maioria das pessoas levavam, quis viver à sua maneira. Seus objetivos eram desfrutar das paisagens do oeste americano, absorver impressões e experiências e manifestá-las tanto na pintura como na escrita. E os fez com sucesso, pelo menos até onde pôde.

terça-feira, 31 de março de 2020

Paris dos plongeurs / Orwell

Você deve notar que não tem mais tutu
E dizer que não está preocupado
Você deve lutar pela xepa da feira
E dizer que está recompensado

Comportamento Geral - Gonzaguinha



Paris by Night (1933) / Brassaï
A miséria sempre cai à tona como pauta da ficção e da realidade. Down and Out in Paris and London (1932) - Na pior em Paris e Londres - é um relato do submundo londrino e parisiense do escritor inglês George Orwell.

Crítico voraz do capitalismo, Orwell tem em mãos uma arma: arte da palavra. Da mesma forma que descreve sua vida nas ruas e albergues de Londres ou como lavador de pratos em Paris, ele denuncia a fome e a pobreza consequentes do capitalismo. Viver em breus, contar francos, vender pertences em troca de pão e chá. Este relato não foge das ficções do autor, impacta como uma distopia e apresenta recortes da pobreza e da alienação social dos escravos modernos.

sábado, 20 de abril de 2024

Sobre a morte, mas não muito: O Albatroz Azul - João Ubaldo Ribeiro

Ler João Ubaldo Ribeiro é um convite a pensar de maneira realista, leve e cotidiana da única certeza na vida: a morte. Em O Albatroz Azul (2009), nosso herói baiano, cujo nome icônico de Tertuliano Jaburu passeia de mãos dadas com a morte e na certeza desse destino, ele vai aproveitando seus últimos dias de vida para relembrar o nascimento do neto tão desejado e confabular com seus compadres daquele pedaço fictício da Bahia. 

segunda-feira, 3 de março de 2025

The Pearl: sonhos, ambições e perigos (Steinbeck)

Daniele Franchi | Unsplash
A Pérola (The Pearl), de John Steinbeck, é um romance estadunidense publicado em 1947 que explora os impactos da ambição e da busca por uma vida melhor. A história acompanha Kino, um pescador humilde que encontra uma pérola e vê nela a oportunidade de transformar o destino de sua família.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Byron e o orgulho de guerra

Theodoros Vryzakis (Domínio Público)

O poema Neste dia eu completo meu 36º aniversário foi escrito por Lord Byron em 1824, durante seus últimos dias na Grécia, enquanto lutava pela independência do país. É uma obra profundamente introspectiva, que reflete o estado emocional do escritor inglês  em sua maturidade, marcada por arrependimentos, solidão e uma busca por propósito.

segunda-feira, 2 de junho de 2025

"Batismo de Sangue" e a esquerda católica no Brasil

Maria Fernanda Pissioli | Unsplash

Publicado em 1982, Batismo de Sangue: guerrilha e morte de Carlos Marighella, do frade Frei Betto, é um valioso registro histórico para compreendermos a silenciosa atuação da esquerda católica durante a Ditadura Militar no Brasil. A atuação deste grupo foi profundamente marcada pela compaixão cristã, um pilar de amor, mas também de ação e revolta

Longe de se manter alheia à repressão, uma parcela significativa da Igreja Católica brasileira teceu uma rede de proteção que acolheu militantes perseguidos de todo o país e, inclusive, de outras Ditaduras pela América do Sul, oferecendo-lhes refúgio e apoio em face da violência estatal.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Jan D. Matthews: uma nova pedagogia para destruir a escola tradicional

O livro Para Destruir a Escolarização, de Jan D. Matthews, é um convite para uma reflexão profunda sobre a pedagogia clássica e moderna, questionando suas bases e relevância no mundo contemporâneo. Será mesmo que a "nova escola" é nova? E que ela ainda seja capaz de atender às demandas do indivíduo -  algum dia ela realmente atendeu?

Ken Elias (1977)

segunda-feira, 10 de março de 2025

A Cor Púrpura: resistência e empoderamento

A Cor Púrpura é um romance escrito por Alice Walker e publicado em 1982, vencedor do Prêmio Pulitzer. A obra conta a história de Celie, uma jovem afro-americana que cresce em meio à pobreza e segregação no sul dos Estados Unidos.

Ricardo IV Tamayo | Unsplash 

Desde a infância, Celie enfrenta uma realidade devastadora, marcada pelo abuso físico e psicológico de seu padrasto. Como mulher negra e pobre, vive aprisionada em um ciclo de opressão e intolerância.  

sábado, 29 de junho de 2024

Quero morrer escrevendo (Dorly Antônio Follmann)

Joyce Hankins (Unsplash)

Eu também quero. Em Cantos da Cigarra: ensaiando primaveras, Dorly Antônio Follmann nos presenteia com 53 poemas sensíveis. Mais do que versos de um professor de Língua Portuguesa, encontramos a alma de um poeta que busca na escrita a fuga e o prazer.

Escrevo para quem ainda tem fome,

Para quem já encheu o vazio da solidão

E agora tem à mão a fartura.

Escrevo para quem tem alma pura

E coração carregadinho de amor

Escrevo…

O frasco virou

Escrevo…

Hoje é moda.

Quero ocupar o tempo,

Quero sentir o afago das palavras

Caindo no papel.

Escrevo…

Puro fel na cicatriz do tempo.

Escrevo…

O vento vai tombando a dor.

Quero morrer escrevendo

Mil versos pro meu amor.

Minha memória guarda o encontro com Dorly na Biblioteca Pública de Guaramirim, local onde trabalhei. Sua presença, mesmo em uma breve conversa no balcão de atendimento, foi suficiente para revelar a paixão que o consumia: a poesia.

Dorly transforma a escrita em um portal para a liberdade, um escape da realidade mundana. Cada verso é um refúgio, um bálsamo para a alma. A linguagem se torna um instrumento de fuga e prazer, permitindo ao poeta explorar as profundezas de seus sentimentos e pensamentos.

sábado, 14 de dezembro de 2024

O feminino em voga: As Três Marias - Rachel de Queiroz

Três mulheres, três Marias: Maria Augusta, Maria José e Maria da Glória. Três meninas enviadas a um colégio interno de freiras, onde constroem uma amizade profunda, marcada por segredos, cumplicidade e os sonhos típicos da juventude. Apesar da rigidez do internato, as três meninas encontram conforto e apoio umas nas outras, formando um fio de amizade que se estende até a vida adulta. 

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Fascista em pele de porco e a fábula distópica de George Orwell

A Revolução dos Bichos, de George Orwell, é um dos livros mais famosos do autor e também considerado um clássico moderno da literatura inglesa. No imaginário literário, Animal Farm nada mais é que uma fábula distópica.

Orwell, neste pequeno romance, utiliza os recursos de fábula e com sua maestria satírica, veste proletários, ditadores e tiranos em peles de porcos, cavalos e outros animais. Isso tudo para denunciar, com toda licença poética que lhe foi permitida, os ciclos de opressão e poder na Historia mundial.