sábado, 8 de junho de 2024
Eu livre lendo Bakunin
segunda-feira, 5 de maio de 2025
Nem tudo é sobre humor: charges, cartuns e tirinhas
Nem tudo é sobre fazer rir. Charges, cartuns, tirinhas ou, simplesmente, histórias em quadrinhos, são comumente associadas ao universo infantil ou geek. No entanto, se folhearmos os jornais - como na moda antiga - ou abrirmos a rede social mais próxima para observar que estes gêneros vão muito além do universo Marvel ou Disney.
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Gabriel Dantas | @bifedeunicornio |
Charges, cartuns e tirinhas nos fazem rir mas também refletir, seja para falar de política, celebridades e até mesmo comportamento social.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025
Zygmunt Bauman: liberdade líquida em tempos modernos
Eu estava tão feliz, eu podia chafurdar na lama e aquecer-me ao sol, eu podia comer e beber, grunhir e guinchar, e estava livre de meditações e dúvidas: “O que devo fazer, isto ou aquilo?”. Por que vieste? Para jogar-me outra vez na vida odiosa que eu levava antes?
Escrevo o rascunho deste texto à mão, sentada à beira-mar em uma praia quase deserta. Hoje, optei por uma vida mais analógica, enquanto reflito sobre leitura e liberdade, inspirada pelo livro Modernidade Líquida (1999), de Zygmunt Bauman. Em tempos de consumismo desenfreado e imediatismo digital, essa escolha parece quase uma rebeldia.
segunda-feira, 15 de setembro de 2025
Anarquismo: incendiário e libertador por Cindy Milstein
Cemitério dos Imigrantes em Joinville (SC) |
O que é necessário para entender uma ideologia que pulsa feito coração? Isso tudo porque falamos de LIBERDADE.
Cindy Milstein, autora na série "Lexicon", traduzida pela Editora Monstro dos Mares, define o anarquismo como a busca por uma sociedade de indivíduos livres. Para ela, não se trata apenas de uma teoria, mas de um sentimento profundamente humano que se manifesta na busca por liberdade, justiça e solidariedade para todos.
sábado, 27 de abril de 2024
sábado, 22 de junho de 2024
Álvaro de Campos, um outro poeta português
Fernando Pessoa disse ter depositado em Álvaro de Campos toda a emoção que não cabia em si mesmo ou na vida. Essa afirmação revela a natureza singular desse heterônimo, que se torna um receptáculo das emoções mais íntimas do poeta.
A lírica de Campos é carregada de modernidade, rompendo com as rimas tradicionais e abraçando a liberdade formal. É a expressão de um poeta-engenheiro em busca de fuga, sedento por liberdade na Lisboa em plena expansão dos anos 30.
segunda-feira, 19 de maio de 2025
Para cortar as amarras: Atira para o mar (Renata Pallottini)
Atira para o mar as tuas coisas
abandona os teus pais
muda de nome
esquece a pátria
parte sem bagagem
fica mudo e ensurdece
abre os teus olhos.
Se o teu amor não vale tudo isso
então fica onde estás
gelado e quieto.
O amor só sabe ir de mãos vazias
e só vale se for
o único projeto.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
A angústia prisional de Victor Serge
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Foto de Vanessa Werder en Unsplash |
Victor Serge nasceu em 30 de dezembro de 1890, em Bruxelas, capital da Bélgica. De origem russo-polaca, era filho de um militante do grupo clandestino russo Zemlya i Volya (Terra e Liberdade).
Com o sangue de revolucionário correndo em suas veias, Serge seguiu os passos do pai e começou sua luta operária aos 15 anos, engajando-se em movimentos anarquistas pela capital belga. Em defesa da classe trabalhadora, exerceu a profissão de jornalista por muitos anos, incluindo durante seu exílio na América Latina.
segunda-feira, 25 de julho de 2022
Diálogos sobre rodas
O ciclista
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Alfred Jarry |
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
Everett Ruess ou O chamado do vento selvagem
"Viver é ser feliz, despreocupado, ser dominado pela glória de tudo. Não ser feliz é uma morte em vida. Sozinho, me atiro ao céu, lanço meu desafio e grito a canção dos vencedores aos quatro ventos, à terra, ao mar, ao sol, à lua e às estrelas. Eu vivo!"
terça-feira, 31 de março de 2020
Paris dos plongeurs / Orwell
A miséria sempre cai à tona como pauta da ficção e da realidade. Down and Out in Paris and London (1932) - Na pior em Paris e Londres - é um relato do submundo londrino e parisiense do escritor inglês George Orwell.
Crítico voraz do capitalismo, Orwell tem em mãos uma arma: arte da palavra. Da mesma forma que descreve sua vida nas ruas e albergues de Londres ou como lavador de pratos em Paris, ele denuncia a fome e a pobreza consequentes do capitalismo. Viver em breus, contar francos, vender pertences em troca de pão e chá. Este relato não foge das ficções do autor, impacta como uma distopia e apresenta recortes da pobreza e da alienação social dos escravos modernos.
sábado, 20 de abril de 2024
Sobre a morte, mas não muito: O Albatroz Azul - João Ubaldo Ribeiro
segunda-feira, 3 de março de 2025
The Pearl: sonhos, ambições e perigos (Steinbeck)
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Daniele Franchi | Unsplash |
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Byron e o orgulho de guerra
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Theodoros Vryzakis (Domínio Público) |
O poema Neste dia eu completo meu 36º aniversário foi escrito por Lord Byron em 1824, durante seus últimos dias na Grécia, enquanto lutava pela independência do país. É uma obra profundamente introspectiva, que reflete o estado emocional do escritor inglês em sua maturidade, marcada por arrependimentos, solidão e uma busca por propósito.
segunda-feira, 2 de junho de 2025
"Batismo de Sangue" e a esquerda católica no Brasil
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Maria Fernanda Pissioli | Unsplash |
Publicado em 1982, Batismo de Sangue: guerrilha e morte de Carlos Marighella, do frade Frei Betto, é um valioso registro histórico para compreendermos a silenciosa atuação da esquerda católica durante a Ditadura Militar no Brasil. A atuação deste grupo foi profundamente marcada pela compaixão cristã, um pilar de amor, mas também de ação e revolta.
Longe de se manter alheia à repressão, uma parcela significativa da Igreja Católica brasileira teceu uma rede de proteção que acolheu militantes perseguidos de todo o país e, inclusive, de outras Ditaduras pela América do Sul, oferecendo-lhes refúgio e apoio em face da violência estatal.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Jan D. Matthews: uma nova pedagogia para destruir a escola tradicional
O livro Para Destruir a Escolarização, de Jan D. Matthews, é um convite para uma reflexão profunda sobre a pedagogia clássica e moderna, questionando suas bases e relevância no mundo contemporâneo. Será mesmo que a "nova escola" é nova? E que ela ainda seja capaz de atender às demandas do indivíduo - algum dia ela realmente atendeu?
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Ken Elias (1977) |
segunda-feira, 10 de março de 2025
A Cor Púrpura: resistência e empoderamento
A Cor Púrpura é um romance escrito por Alice Walker e publicado em 1982, vencedor do Prêmio Pulitzer. A obra conta a história de Celie, uma jovem afro-americana que cresce em meio à pobreza e segregação no sul dos Estados Unidos.
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Ricardo IV Tamayo | Unsplash |
Desde a infância, Celie enfrenta uma realidade devastadora, marcada pelo abuso físico e psicológico de seu padrasto. Como mulher negra e pobre, vive aprisionada em um ciclo de opressão e intolerância.
sábado, 29 de junho de 2024
Quero morrer escrevendo (Dorly Antônio Follmann)
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Joyce Hankins (Unsplash) |
Eu também quero. Em Cantos da Cigarra: ensaiando primaveras, Dorly Antônio Follmann nos presenteia com 53 poemas sensíveis. Mais do que versos de um professor de Língua Portuguesa, encontramos a alma de um poeta que busca na escrita a fuga e o prazer.
Escrevo para quem ainda tem fome,
Para quem já encheu o vazio da solidão
E agora tem à mão a fartura.
Escrevo para quem tem alma pura
E coração carregadinho de amor
Escrevo…
O frasco virou
Escrevo…
Hoje é moda.
Quero ocupar o tempo,
Quero sentir o afago das palavras
Caindo no papel.
Escrevo…
Puro fel na cicatriz do tempo.
Escrevo…
O vento vai tombando a dor.
Quero morrer escrevendo
Mil versos pro meu amor.
Minha memória guarda o encontro com Dorly na Biblioteca Pública de Guaramirim, local onde trabalhei. Sua presença, mesmo em uma breve conversa no balcão de atendimento, foi suficiente para revelar a paixão que o consumia: a poesia.
Dorly transforma a escrita em um portal para a liberdade, um escape da realidade mundana. Cada verso é um refúgio, um bálsamo para a alma. A linguagem se torna um instrumento de fuga e prazer, permitindo ao poeta explorar as profundezas de seus sentimentos e pensamentos.
sábado, 14 de dezembro de 2024
O feminino em voga: As Três Marias - Rachel de Queiroz
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Colagem: @deliriorecortado |
segunda-feira, 4 de agosto de 2025
Fascista em pele de porco e a fábula distópica de George Orwell
Orwell, neste pequeno romance, utiliza os recursos de fábula e com sua maestria satírica, veste proletários, ditadores e tiranos em peles de porcos, cavalos e outros animais. Isso tudo para denunciar, com toda licença poética que lhe foi permitida, os ciclos de opressão e poder na Historia mundial.